Hunter Knoefel
Léa era uma louca… mas uma louca apaixonante. Só ela teria a coragem, ou a ousadia de trazer Maitê logo na primeira vez em que, supostamente, a conheceu. E, ainda assim, eu não conseguia me irritar com ela. Se não fosse por essa amiga tão peculiar, talvez nunca teria a chance de ouvir a voz de Maitê, de sentir o calor do seu olhar, de ver de perto aquela delicadeza que me deixava em transe. Eu estava grato, absurdamente grato a Deus por ela estar viva… e já contava os minutos para poder levá-la para casa.
— Acho que saquei… é a jovem da planta que deixou você todo entusiasmadinho, estou certa? — Léa disse, com aquele sorriso maroto que só ela sabia fazer.
Maitê e eu não desgrudávamos os olhos um do outro desde que ela chegara. Ao ouvir a provocação, lancei um olhar de repreensão para minha suposta irmã, enquanto Maitê, corando, baixou o rosto como quem é pega de surpresa.
— Márcia, assim você constrange a moça. — era estranho chamar Léa pelo nome da madrinha de M