Waleska Velasco
Passar uma noite inteira em um hospital era uma barra, muito desconfortável. Logo após o médico relatar tudo o que me disse, eu acreditava que minha mãe ficaria bem: medicamento, repouso e paz.
Com o quadro de dona Gioconda estável, resolvi ir para casa, ver como estavam as coisas por lá, tomar um banho e ver meu amor. Queria saber se ele e minha irmã haviam, ao menos, conseguido se entender.
Dei um beijo em minha mãe, que apertou os olhos e esboçou um sorriso. Fui andando até o estacionamento, entrei no jipe e escutei uma batida no vidro. Era meu pai. Destravei as portas e ele entrou, sentando-se no banco do carona.
— Oi, minha filha! — sorriu, como se nada tivesse acontecido. Esse velho não tinha discernimento.
— Fala logo o que quer. — fui curta e grossa.
— Calma, minha filha. O papai foi até a capital resolver o problema da Asunta. E descobri tantas coisas que iremos sair da bancarrota. — era com tristeza que eu afirmava: meu pai era um verme.
— Fala aí as maravil