Hunter Knoefel
Mais de vinte mensagens e uma série de chamadas não atendidas. Wayne. Minha mãe. A inquietação crescia no peito. Respondi a Wayne primeiro.
“Oi.”
“Hunter, até que enfim. Você volta hoje pra New Haven?”
“Sim. Já tô a caminho. O que tá acontecendo, irmão?”
“Seus exames deram tudo certo?” — ele desviou. Isso me preocupou mais.
“Sim, Wayne. Vicent me deu alta total. Estou orientado, sem lesão, sem sequelas. Agora fala o que tá acontecendo.”
“Vem rápido. Edward marcou uma reunião e começa daqui a uma hora.”
“O que esse desgraçado aprontou agora?”
“Quando chegar, eu te conto. Vai descer no heliporto?”
“Sim.”
O piloto me pediu para desligar o telefone. Queria ao menos ter falado com a Maitê. Mas não. Primeiro, eu precisava lidar com Edward.
A viagem foi rápida. O céu de fim de tarde tingia o horizonte quando pisei na sede da empresa. Wayne me aguardava na entrada do meu escritório, a tensão visível em seu rosto.
— Cheguei, irmão. Agora fala. O que o Ed