No luxuoso penthouse onde Marlene morava, o silêncio reinava, interrompido apenas por seus próprios pensamentos sombrios. Ela estava sentada no sofá, segurando em suas mãos um ultrassom que havia guardado zelosamente por anos. Era a única coisa que lhe restava daquele bebê que nunca chegou à vida. Uma decisão que ela mesma havia tomado, mas que continuava a atormentá-la.
Ela odiava o que havia feito, mas odiava ainda mais Haidar. Desde o início, ele havia deixado claro que não queria ter filhos. E agora, anos depois, ali estava ele, casado e esperando trigêmeos. A simples ideia a enchia de raiva. Para ela, Haidar não merecia essa felicidade. Não depois do que havia acontecido.
Marlene soltou um suspiro trêmulo antes de se levantar do sofá. Caminhou lentamente, quase como se estivesse em transe, em direção a um quarto que ela sempre visitava quando suas emoções a superavam. Quando abriu a porta, as lágrimas começaram a brotar de seus olhos sem controle.
O quarto estava decorado com ton