Mundo de ficçãoIniciar sessãoPOV: HAPHEL
Lilith não respondeu de imediato. Ao invés disso, estendeu a mão, os dedos longos e pálidos se entrelaçando aos meus sem pedir licença. A pele dela era fria, mas não gelada; era como tocar mármore aquecido por dentro. Ela me puxou para frente, e eu a segui, o vestido azul de seda roçando as coxas a cada passo, a bainha já manchada de vermelho pela areia.
— Há uma luta pelo trono, Haphel... — A voz dela saiu baixa, melodiosa, cada sílaba enrolando na língua como se fosse um segredo. — Uma briga por poder. Para quem irá dominar o reino mais vasto de súditos...
Caminhamos entre as dunas. O deserto não era vazio. À medida que avançávamos, figuras começaram a surgir da areia como fantasmas. Um homem de armadura quebrada, o rosto coberto de sangue seco, arrastava uma espada







