POV: HAPHEL

Tentei tocar uma delas, mas Dolt segurou minha mão no ar.

'É a energia sexual. Prazer puro. Luxúria. Desejo.' Dolt falou baixo, a voz viscosa como mel, e eu senti um frio estranho subir pela espinha. Ela me olhou com um brilho que misturava fome e prazer, tentando se controlar. 'Nós, súcubos, nos alimentamos disso. Do desejo dos homens. Coletamos o esperma quando precisamos nos engravidar ou repassá-lo a outras súcubas. Quando invadimos o sonho, tomamos a forma do que a pessoa deseja e sugamos a energia do prazer do atacado.'

Dolt fez uma pausa, ungiu os lábios com a língua e ficou imóvel. O corpo dela estava tenso, como se puxado por um ímã. Então, uma linha de energia se formou no ar, grossa, densa, dourada, pulsando como se tivesse vida própria. Eu senti aquele puxão no estômago, como se alguém apertasse meu centro.

'Sente? É ele. Está mais forte agora.' Ela sorriu, fraca, e um fio de saliva escorreu do canto da boca.

Uma onda de desejo atravessou minhas pernas; tremi,