POV: AIDEN
Senti a essência Lycan subir como calor seco pelo corpo; não era só orgulho, era aviso. Expandi aquele sinal sem ostentação, apenas o bastante para que meu lobo mostrasse presença. O couro da minha pele reagiu, os músculos se tensionaram; Lurak rosnou, satisfeito.
Samael sorriu, lento, como se estivesse degustando cada palavra. O perfume de enxofre dele ficou mais forte no ar, um azedo que me fez arregalar os olhos por um instante.
— Cuidado com as suas afirmações, Alfa Belmont — disse ele, calmo demais —. Paciência não é virtude dos demônios; é arma.
Quando falou, sombras começaram a rastejar pelas pedras da gruta, se estendendo como tinta negra. Não eram apenas trevas: eram vozes, pequenos uivos e sussurros que batiam nas minhas orelhas, imagens fugazes de dor que me forçaram a apertar Haphel com mais força. O calor do meu corpo duelou com o frio daquela escuridão que Samael evocava.
— Temos isso em comum. — Rosnei baixo, liberando meu poder Lycan, deixando a gruta estrem