Eu estava encarando aquela cicatriz esbranquiçada na lateral do corpo do Lúcius, quando me dei conta já estava tocando e passando meu dedo por toda sua extensão.
– Você não se lembra? – Ele me perguntou com o braço esquerdo levantado.
– Não. – O encarei. – O que mais aconteceu?
– Você quer mesmo que eu fale? – Ele parecia estar com receio.
– Quero.
– Você dizia que via a Deusa da Lua, que ela sempre a chamava de tola, que ela estava zangada e ficava lhe cobrando algo.
– Cobrando o que?
– Você falava que ela te chamava para adentrar com ela na floresta, que você deveria aprender algumas coisas para que seu destino fosse cumprido.
– E o que acontecia depois? – Lembro-me de algumas aparições dela, mas não essas coisas que ele me contou.
Ele baixou o braço e a camisa.
– Você tentava ir para a floresta, eu não permitia, então... então a trancava. Reforcei as paredes dos lugares onde você mais ficava.
– Na cabana afastada e no dormitório das escravas. – Afirmei.
– Eu não sabia o que fazer,