CAPÍTULO 6: Escolhas

Antônio e Gabriel saíram da sala.

–Nós não podemos fazer isso, não podemos trazer a garota de volta!– comentou Gabriel.

–Eu sei mas viu o estado dele? A última vez que ele ficou assim foi quando perdeu a senhora Luna–

–Mas aquela garota não é a senhor Luna!–

–Mas e se ele voltar a ter uma crise? E se essa garota for a solução para ele se recuperar de vez?–

–e se for apenas uma espiã enviada por outros grupos?–

–Nós não temos outra escolha, sabe que se não o fizer ele fará por si mesmo e a encontrará de qualquer forma, temos de trazer aquela garota de volta se não quisermos perder o chefe outra vez–

Gabriel suspirou frustrado, lhe custava admitir mas realmente era aquilo ou ver seu chefe perder o juízo outra vez.

Tinham de encontrar aquela garota e a trazer de volta.

.......

Lisa estava sentada na cama da pensão perto da estação de trem encarando o nada e perdida em pensamentos.

Não sabia o que fazer, não podia voltar para Toscana pois aquele homem ainda estaria lá a esperando e poderia colocar seus tios em perigo. Mas tinha sido expulsa da casa e não tinha mais ninguém ali para a ajudar mesmo a encontrar um emprego, então estava completamente perdida sem saber o que fazer.

Alguém bateu a porta e Lisa olhou para mesma se perguntando quem seria a aquela hora. E ao abrir a porta olhou com surpresa para o homem ali

–André!– disse sorrindo e os dois se abraçaram.

–entre.– Lisa deixando o rapaz entrar e fechou a porta.

–o que faz aqui? Como me encontrou aqui? O que é isso no seu rosto?– Lisa tentou tocar o rosto machucado do Rapaz que se afastou e desviou o olhar.

–Não é nada, eu estou bem, eu não poderia deixar você sozinha numa cidade tão grande–

–Você me seguiu?–

–eu não podia deixar você sozinha, não depois do que aquele infeliz do Guissepe Leonardo fez com você–

–....Você sabe?–

–O Senhor Giuseppe Foi até a casa de seus tios com policiais procurando por você e o seu tio contou tudo mas os policiais não acreditaram nele e disseram que você atacou o Senhor Guissepe–

–Não, então eu tenho de voltar, não posso deixar os meus tios lá sozinhos.– disse se levantando.

–Lisa espere.– André segurou as mãos da garota.

–se você voltar aí sim eles vão estar em perigo, o Senhor Guissepe não vai fazer nada contra eles enquanto você estiver longe–

–Mas... Eu não posso mais ficar aqui, eu fui expulsa da casa onde trabalharia e não tenho mais para onde ir.– disse e mais lágrimas lhe fugirem.

–Você tem sim.– André apertou as mãos dela.

–venha comigo, eu tenho dinheiro suficiente para podermos começar uma nova vida em outro lugar, apenas venha comigo–

Lisa olhou para o rapaz que a encarava com intensidade, não eram necessárias palavras para ela saber o que ele sentia por ela, mas não podia se aproveitar daquele sentimento e estragar a vida dele.

Lisa baixou o olhar e tirou suas mãos das dele

–André eu...–

Mais uma vez alguém bateu a porta e os dois olharam para mesma.

–esta esperando alguém?–

Lisa negou com a cabeça. –Deve ser da pensão–

–ou podem ser os homens do senhor Guissepe que seguiram você também, fique aqui, eu abro a porta–

André caminhou cautelosamente até a porta e a abriu devagar notando vários homens fortes e altos vestidos de preto e na frente deles um homem que se destacava, este que olhou mortalmente para o rapaz com uma expressão fria e uma veia saltou em sua testa.

–Quem é o senhor?– perguntou André olhando para o homem de olhos azuis.

Lisa se aproximou da porta e paralisou ao ver o homem ali que olhou para André e depois para ela sentindo seu sangue ferver.

–S-Senhor Giovanni.– disse Lisa ao ver o homem ali na porta e seu corpo estremeceu ao receber o olhar dele e com tantos homens atrás dele.

–Quem é esse homem?– Perguntou André olhando para Lisa.

Giovanni voltou a olhar para o rapaz e para moça que estava apenas com um vestido de dormir modesto mas leve, e seu sangue ferveu ainda mais pensando que os dois estariam ali juntos como amantes.

O homem colocou sua mão na porta a abrindo seu muito esforço apesar da resistência inútil do rapaz loiro.

Giovanni se aproximou de Lisa quase cobrindo o corpo da garota com o seu.

A ideia de outro homem tocar aquele corpo e beijar aqueles lábios era pior que uma morte na figueira para si.

Giovanni agarrou Lisa pelo braço e segurou sua nuca a puxando para um beijo repentino como se quisesse tomar posse dela na frente daquele rapaz.

–O que está fazendo? Solte ela!–

André caminhou para cima de Giovanni mas antes que pudesse o alcançar, ouviu o som de um tiro e uma dor aguda em seu ombro.

Lisa que se debatia para se soltar do beijo congelou ao ouvir o som de tiro e viu o André Cair no chão.

"André..."

Lisa usou toda sua força para se soltar De Giovanni e correu até André que estava no chão, mas antes que pudesse o alcançar seu braço foi segurado e seu corpo puxado por Giovanni.

–Me solte!– Lisa se virou e deu um tapa estalado no rosto de Giovanni com os olhos em lágrimas.

Giovanni sentiu a ardência do tapa mas aquilo não o afetou em nada. E com seu rosto ainda sério e inexpressivo, agarrou o braço dela com mais força a arrastando para fora do quarto.

–Não não! Me solte! Me solte!– Lisa gritava entre o choro enquanto era puxada e via a imagem de André gemendo no chão enquanto uma poça de sangue se formava ao redor de seu braço atingido.

–Por favor me solte por favor!– Lisa implorava já no corredor do da pensão.

Algumas pessoas saiam dos quartos para ver o que estava acontecendo mas logo voltavam para seus quartos trancando as portas ao ver os homens armados parados no corredor.

–Por favor me solte, ele vai morrer, por favor!–

Giovanni suspirou irritado por aquele choro e saber que ela estava chorando por outro homem só o deixava mais irritado.

–Escute!– gritou com irritação na voz e fez a garota olhar para ele.

–Se não quer que ele morra você voltara comigo para casa por vontade própria e eu mandarei o levarem para o hospital onde ele pode receber tratamento. Mas se continuar resistindo e gritando por ele eu vou deixar ele ali sangrando e com risco de perder o braço e se tornar um aleijado, isso se ele tiver a sorte de sobreviver após perder tanto sangue–

Lisa sentiu mais lágrimas lhe caírem enquanto olhava para o homem como se olhasse para o próprio demônio. Como alguém podia fazer aquilo?

–Decida agora.– disse o homem olhando para mulher com impaciência.

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