CAPÍTULO 5: voltando atrás

–Acerte todas as contas com ela e a tire da minha casa, eu não a quero ver na minha frente outra vez–

Lisa ouviu as palavras dele e levantou a cabeça com um olhar desesperado.

–Sim senhor.– respondeu o mordomo e viram seu patrão sair da sala sem olhar para trás.

Lisa acompanhou o homem com o olhar e sentiu seu peito apertar enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Ela não podia ser expulsa, não podia voltar para toscana, não tinha para onde ir. Seria por ter o rejeitado na noite anterior?

–Venha comigo.– disse o Mordomo e Lisa acordou e o seguiu de cabeça baixa.

O mordomo criou todas as condições para que Lisa fosse embora da mansão imediatamente, providenciou uma passagem, e um quarto numa pensão onde ela podia ficar até partir.

Lisa simplesmente aceitou seu destino outra vez e saiu da casa com um futuro incerto sem saber para onde ir.

0000000

–Senhor?– Chamou o Assistente vendo que seu chefe não o respondia apenas mantinha o olhar fixo na parede do escritório.

Giovanni piscou e olhou para o homem na sua frente.

–Estava falando das vinícolas do sul, a produção baixou e...–

–Como permitiram aquela garota entrar em minha casa?– Giovanni cortou o outro que o encarou.

–Ela é sobrinha de uma das funcionárias, eu investiguei mais sobre ela e confirmei a história, mas ainda assim, ela pode ter sido contratado por grupos rivais para se aproximar do Senhor, não seria a primeira vez–

Giovanni suspirou e jogou a cabeça para trás colocando a mão sobre seu rosto.

Se lembrava das inúmeras garotas com aparências semelhantes a de luna que tinham se aproximado dela em situações diferentes e "casuais". Todos sabiam que seu amor por Luna era seu ponto fraco, e as máfias rivais tentavam a todo custo colocar uma mulher em sua vida para tentar a substituir e o destruir.

E da vez que ele deixou uma mulher se aproximar quando ainda estava fragilizado, quase foi assassinado, e a partir dali, não permitiu mais que mulher alguma entrasse em sua vida.

Mas aquela garota... Era exatamente igual a Luna, seus olhos, sua voz, sua pele, e até seu beijo, era como ver Luna outra vez na sua frente e viva...

–Senhor.– Antônio voltou a chamar ao ver que o Chefe esteve o tempo todo em silêncio olhando o nada.

–você... você também viu as semelhanças?–

Antônio baixou o olhar para seu tablet, não podia negar que as duas eram exatamente iguais, mas não podia admitir aquilo e alimentar a inquietação de seu chefe.

–Na verdade eu não achei tantas semelhanças, tirando a cor do cabelo e a cor dos olhos ela não tem nada haver, além disso, claramente é uma garota, quase uma menina ainda, diferente da senhora Luna..– Antônio fez uma pausa. –ela era uma mulher, requintada e fina–

Giovanni voltou a olhar para o assistente.

–Então acha que estou louco e estou vendo coisas?–

–o que?– perguntou nervoso.

–se eu não consigo mais identificar a mulher com quem passei metade da minha vida e a confundo com qualquer garota camponesa, então eu devo estar ficando louco certo?–

–E-eu não quis dizer isso Senhor... Senhor? Onde vai?– perguntou ao ver o chefe se levantar.

–eu vou tomar um ar–

–em meia hora tem uma reunião com....–

–Cancele tudo.– disse e o Som da porta sendo fechada preencheu o local.

Antônio suspirou. Aquela atitude dele fazia lembrar daquela época. Ele não voltaria a se afundar só porque viu uma garota semelhante a ela certo?

Giovanni não foi visto nem tiveram notícias dele durante o resto do dia, e aquilo deixou todos preocupados pois não era do feitio dele sumir daquela forma, exceto por aquela época.

Os homens o procuraram em todos os bares e clubes que costumava frequentar, todos os lugares que costumava ir. E o medo dele estar jogado em seu carro completamente entorpecido crescia em seus homens.

Era quase meia noite quando o carro parou na frente do portão que imediatamente foi Aberto.

Giovanni entrou na mansão passando por Antonio e pelo mordomo que estavam ali na entrada o esperando, e caminhou até a sala de estar se jogando na poltrona com a cabeça para trás.

–Mestre, precisa de alguma coisa?– perguntou o Mordomo que não obteve resposta logo trocou olhares com o Assistente, mas sua troca de olhares foi interrompida pela Risada que ecoou pela sala.

–ah, eu nem sequer posso ir ver o túmulo dela sem precisar pegar um vôo de mais de 2 horas. Eles simplesmente a deixaram ali, longe de mim, como se eu não tivesse direito algum sobre ela–

–O Senhor foi para Paris?– perguntou Antônio.

–Como mais eu posso ver ela Se eles nem sequer me permitiram me despedir dela uma última vez? Eles simplesmente a colocaram Naquele buraco frio...sozinha.– disse ainda olhando para o teto se lembrando de que teve de fazer um escândalo para poder ver ela antes de a enterrarem e tiveram de abrir o caixão ali no cemitério para ele ver sua Luna uma última vez, tão pálida e fria, mas ainda tão bela e perfeita.

–Eu precisava ter certeza que ela estava lá com meus próprios olhos, precisava ter certeza de que não era ela que estava aqui, que não era ela quem eu beijei...–

Os dois voltaram a se encarar.

–Eu vou marcar uma consulta com a Doutora Gema para amanhã.– disse o assistente e tirou seu celular.

–Eu não estou louco, eu só queria ver a mulher que amo, isso é loucura?–

Giovanni voltou a ficar em silêncio pensativo antes de se sentar e olhar para o mordomo.

–aquela garota, onde ela está?–

O homem manteve seu olhar firme no chefe.

–Ela já se foi senhor, assim como ordenou–

–Se foi... Para onde ela se foi exatamente?–

O homem ficou em silêncio.

–Eu fiz uma pergunta, Gabriel.– disse sério encarando o mais velho.

–eu não sei exatamente senhor, apenas providenciei tudo para que ela saísse da propriedade–

–Bom...– Giovanni se levantou.

–a encontre e a traga de volta–

–Senhor?–

–Senhor eu acho que deveria ir se deitar e esperar amanhã quando estiver sóbrio.– propôs o assistente.

–está dizendo que não sei o que digo?– perguntou encarando o outro.

–de forma alguma senhor, Mas nesta manhã mandou ela embora, entendo que deve estar abalado após ter ido ver o túmulo da senhora Luna, mas tem de entender que elas não são a mesma pessoa, a senhora Luna se foi, e aquela garota não é ela.– disse de forma dura tentando atingir o chefe com a realidade.

Giovanni ouviu as palavras do outro não se mostrando nem um pouco atingido.

–Eu disse que quero ver ela, agora–

–Senhor...–

–Eu dei uma ordem!– disse elevando o tom de voz alertando os dois ali.

–Tragam a garota aqui, agora–

Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP