Ana balançou a cabeça e disse:
— O telefone foi atendido.
Pedro a abraçou, passando o polegar sobre sua testa, observando os traços faciais que ela herdara dele.
— O telefone foi atendido e você ainda não está feliz?
Ana franziu ligeiramente a sobrancelha e respondeu:
— Eu estou feliz, mas...
Ela não falava com a mãe há tanto tempo. Depois de ligar para ela, ainda estava feliz, mas...
Pedro perguntou:
— Mas o quê?
Ana, um pouco incomodada, disse:
— Mas eu acho que estou um pouco triste também.
— Isso soa como algo profundo, não é? Mas... — Pedro apoiou o queixo nas mãos e sorriu. — Deve ser porque você não vê sua mãe há tanto tempo. Deve estar com saudade. Quando ela terminar o que tem para fazer, vai poder passar mais tempo com você.
Ana concordou, mas ainda parecendo não muito contente, falou:
— Mas a mamãe está tão ocupada, disse que só vai poder me ver no mês que vem...
— Então, será no mês que vem. Eu vou te acompanhar enquanto esperamos.
— Hum.
Ana também estava c