A expressão no rosto de Lucretia não mudou. Um dos soldados pareceu não gostar do jeito que o outro falou e abriu a boca, dando um passo à frente, mas Lucretia levantou a mão, indicando que ele deveria esperar.
— E, por favor, que tipo de fêmea eu sou? — ela perguntou.
O soldado se aproximou dela, andando como se ela fosse uma presa e ele, o caçador, pronto para atacá-la a qualquer momento.
— Uma puta traidora e dissimulada!
A vontade real de Lucretia? Pular no pescoço do soldado e dar a surra da vida dele. A surra que talvez colocasse os parafusos dele de volta no lugar! Se é que algum dia estiveram. Ela duvidava, sendo sincera consigo.
— Mais alguém pensa como ele? — ela perguntou, sem levantar o tom de voz. — Quem mais está seguindo essa linha de pensamento?
Alguns soldados deram um passo para frente. Lucretia passou os olhos por cada um, gravando os rostos deles.
— Muito bem. Vocês não precisam mais continuar no treinamento. Por favor, retirem-se.
Os soldados arregalaram os