Ao terminar de falar, ela percebeu que havia dito algo errado.
Quando quis se explicar, Isabela, porém, disse:
— Vou contar para o seu irmão.
Disse isso e logo seguiu em frente, passando por ela.
Clara sabia que tinha falado besteira. Se virou para encará-la e disse:
— Eu não fiz de propósito.
Pensou por um instante e acabou correndo atrás dela:
— Eu não fiz de propósito, me desculpa.
Isabela ouviu, mas não virou o rosto. Respondeu apenas:
— Eu sei.
Clara perguntou:
— Você ainda não quer perdoar minha mãe?
Isabela parou por um momento, depois voltou a caminhar.
Perdoar era algo simples, mas no coração de Isabela aquela lembrança permanecia. Sempre que pensava naquilo, um desconforto a invadia, como se o próprio coração doesse.
Enquanto estivesse com Jorge, sabia que precisaria esquecer aquele episódio.
Só que ela ainda precisava de tempo.
Ela iria visitar Alícia. Afinal, Jorge tratava muito bem os pais dela. E, se ele era bom com a própria família, ela também deveria ser com a dele.
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