Capítulo 695
Roberto empurrou a porta e entrou.

Clara pensou que Jorge tivesse voltado e, animada, chamou:

— Mano...

Mas, ao ver Roberto, seu olhar se apagou na hora e engoliu o que ia dizer.

Ela parecia um cachorrinho abandonado, tão triste e indefesa.

Roberto pegou um lenço de papel e enxugou suas lágrimas.

— Eu realmente não entendo... Você se importa tanto com seu irmão, por que não dá o braço a torcer?

— Eu não fiz nada de errado, por que eu deveria? — Clara rebateu, com a voz embargada. — Eu nem me importo com ele. Se ele não me ama, eu também não amo ele.

Roberto soltou um riso seco.

— Continue assim... Um dia você ainda vai se arrepender.

Clara fingiu não ouvir.

Ela não achava que estava exagerando e não admitia que pudesse se arrepender.

— Estou com sede — Murmurou ela, a garganta áspera.

Roberto olhou a água em cima da mesa, pegou um canudo na gaveta e ajudou ela a beber.

Depois de uns goles, a garganta ficou menos seca, deu um alívio.

— Foi você que ligou para o meu irmão? — Perguntou el
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