Jorge ergueu o olhar.
Isabela recolheu a mão de forma natural e ofereceu a ele um pedaço de fruta perto da boca.
— Você mudou de cara quando ouviu que meu pai não podia voltar para casa.
Isabela percebeu a expressão que passou rápida no rosto dele.
Jorge comeu a fruta que ela entregou, mas já mudou o assunto:
— Sobe na cama. A gente conversa lá.
Isabela ficou sem palavras por um momento.
— Eu não estou com sono agora. — Ela resistiu.
Ele não respondeu, apenas ficou olhando direto para ela, com um olhar tão intenso que parecia despir cada defesa. Nos olhos escuros dele, não se escondia o desejo ardente.
Isabela sentiu o corpo inteiro estremecer sob aquele olhar.
Não era culpa dela cair tão fácil.
Era algo que fugia do controle.
— Eu vou trocar de roupa.
— Não precisa.
Ele avançou, se deitou sobre ela e, sem cerimônia, começou a abrir a roupa que ela usava com familiaridade.
Ela manteve os olhos abertos, ergueu o rosto para encontrar os lábios dele e murmurou, num tom suave:
— Eu ando me