Fernanda olhou na direção por onde Isabela tinha ido. O carro parado na rua era dela, ela reconheceu na hora. Perguntou à filha:
— Tem alguém dentro do carro?
De longe, Gisele não conseguiu enxergar direito e balançou a cabeça:
— Não sei.
— Ai, a Isabela tem mesmo sorte... Perdeu aquele canalha do Sandro, mas arrumou outro ainda mais rico, mais bonito. — Depois, ela virou o rosto para a filha. — Já você... Está acabada.
Mesmo tentando esconder, todo mundo já tinha ficado sabendo do que aconteceu com Gisele. Na frente, ninguém comentava, mas pelas costas não faltava língua para falar mal. Quem a conhecia de verdade, não queria nem pensar em casar com ela, quanto mais alguém decente.
Gisele também invejava Isabela, mas baixou a cabeça, amarga, sabendo que não tinha a mesma sorte.
Ela se arrependia tanto de não ter se esforçado na escola. Se tivesse passado numa faculdade boa, só teria conhecido gente de valor.
Mas arrependimento não mudava nada.
Ela até tinha cursado uma universidade, ma