Isabela sentiu um frio na barriga. A expressão de Jorge a fez questionar se havia feito alguma palhaçada enquanto dormia. Ela apertou o copo de café com tanta força que o papel se amassou, e o café respingou por toda sua roupa.
Quando percebeu, deu um pulo.
“Que vergonha. O que tá acontecendo comigo?”, pensou, mordendo o lábio.
— Se vira. Vamos ter que pernoitar aqui. — Jorge falou secamente.
Virou as costas e entrou no carro com movimentos bruscos.
Isabela ficou parada no estacionamento, esfregando a mancha de café na blusa, mas só piorou, deixando os dedos melados. O motor do carro roncou, e a janela do motorista desceu. Uma embalagem de lenços voou em sua direção.
— Obrigada. — Ela murmurou, evitando o olhar dele. Passou minuciosamente o lenço entre os dedos, embora a textura pegajosa insistisse em permanecer.
Depois de se recompor, entrou no carro e jogou o pacote no banco de trás. Jorge acelerou sem cerimônia, engolindo o asfalto com o veículo.
— Para onde estamos indo? — Ela per