As palavras de Clara, de fato, eram uma verdade.
A chuva lá fora caía cada vez mais forte, mas dentro da casa, o ambiente era acolhedor e cheio de calor humano.
A casa era grande, mas por causa do Ano Novo, estava toda decorada com um ar festivo. Lá fora, as árvores tinham várias luzinhas coloridas penduradas, só que chovia tanto que mal dava para enxergar direito.
Se estivesse um dia claro, com certeza estaria tudo lindo.
Depois do jantar, os empregados recolheram a mesa e todos foram para a sala tomar chá e conversar.
Alícia começou a contar histórias engraçadas da infância de Clara e Jorge. Clara ria tanto que teve que segurar a barriga.
Jorge entregou a pintura a Diego, que ficou radiante e passou um bom tempo admirando a obra. Seu museu particular ganhava mais uma peça valiosa.
Ao lado, Clara comentou, fazendo bico:
— Que generosidade... Só para agradar o papai e a mamãe.
Jorge lançou um olhar para ela.
Ela fez de conta que nem viu.
Na véspera do Ano Novo, como manda a tradição, t