Isabela deu um copo de água a ela. Ela parou de chorar, mas continuou em silêncio.
Parecia perdida nos próprios pensamentos.
Isabela permaneceu quieta ao lado dela, sem interromper.
Depois de muito tempo, ela perguntou baixinho, com a voz fraca:
— Isa... Foi você que me salvou?
Isabela respondeu:
— Fui eu... Quer dizer, não exatamente. Eu pedi para alguém te resgatar. Então, quem realmente te salvou não fui eu. — Ela fez uma pausa, depois continuou com um tom mais suave. — Quando você estiver melhor, a gente volta para casa juntos. Sua mãe está morrendo de saudade. Se voltarmos antes do Ano Novo, ainda dá tempo de passar as festas com a família.
Gisele começou a chorar de novo.
Seus olhos estavam tão inchados que mal conseguia abri-los.
O rosto, ainda com marcas arroxeadas e machucados visíveis, estava quase irreconhecível.
Isabela soltou um suspiro leve.
— Você precisa descansar...
— Não!
Com a mão que ainda tomava soro, Gisele agarrou a roupa de Isabela com desespero.
— Não vai embor