O professor Davi abriu a boca, querendo dizer algo para convencer ela, mas logo percebeu que as preocupações dela realmente eram um problema.O casamento não era algo que envolvia apenas duas pessoas, mas também duas famílias.Ele achava que daquela vez, Jorge e Isabela finalmente iam dar certo, mas não imaginava que, no meio do caminho, surgiria uma pedra.Se não fosse por aquela irmã e o envolvimento dela com o Sandro, as coisas não teriam se complicado tanto.Justamente por causa do relacionamento daquela irmã com o Sandro, os pais da família Neves tinham dificuldade em aceitar Isabela como ex-mulher do Sandro.O professor Davi soltou um suspiro.Será que Isabela e Jorge realmente não tinham sido destinados um para o outro?Será que foi só ele quem achou que eles combinavam bem?— Deixa para lá, não vou mais me meter nos assuntos do sentimento de vocês.O professor Davi colocou os legumes que havia lavado em uma tigela, e seu humor estava visivelmente abalado. Ele se virou, caminhou
Isabela não queria conversar.Viviane deu um leve empurrão nela e perguntou:— Quer que eu te leve para dar uma volta, distrair um pouco?— Estou sem vontade. — Isabela parecia exausta. A comida que ela tinha pedido por delivery chegou, ela comeu apenas duas garfadas e parou.Não era por causa do sabor, só falta de apetite mesmo.Viviane recebeu uma ligação e perguntou se Isabela queria sair junto.— Não vou, não. — Respondeu ela.— Então está, estou indo. — Viviane se levantou.— Tá bom.Depois que Viviane saiu, Isabela recolheu as embalagens da comida e foi descansar mais cedo.O dia do julgamento finalmente chegou. Daquela vez, o processo foi difícil para ela, e o resultado acabou sendo um pouco diferente do que havia imaginado. Mas ela realmente fez tudo o que pôde.O cliente comentou:— Olha, com o que deu já está bom. Cinco anos e dez anos é uma diferença enorme. Vou me esforçar, me comportar direitinho, quem sabe consigo reduzir a pena e saio antes.Isabela não disse nada.A fal
Ela se levantou e apontou para os vários itens de luxo que havia comprado e deixado no sofá. — Traga isso para cá.Ela tratava Maria como se fosse uma empregada.— Você está sonhando! — Maria gritou com raiva.Milena colocou a mão no corrimão da escada, olhando para Maria com uma postura de desprezo, já não havia mais traços de fraqueza nela. Era como uma loba.— Não adianta gritar feito uma desesperada, você não vai fazer nada comigo. Se algo acontecer, o vídeo de você matando alguém vai parar nas mãos da polícia, e aquele menino também vai receber uma cópia. Quando ele crescer, vai saber quem foi a assassina da mãe dele. E anos depois, ele não vai te perdoar. Vai virar tudo de cabeça para baixo na família Marques. E mais, você não vai arriscar a fortuna da família Marques, porque assim que eu me meter em encrenca, o vídeo de você matando alguém vai ser espalhado para todos os meios de comunicação, e a queda da empresa vai ser inevitável. Além disso, a reputação de todos vai ficar de
Isabela saiu da loja segurando o bolo e, ao ver Maria, simplesmente a ignorou.Maria, ao a comparar com Milena, finalmente teve uma revelação. Ela percebeu que Isabela, quando foi sua nora, realmente se comportava de maneira exemplar: educada, culta, bem criada, sempre respeitando os mais velhos.— Isabela. — Ela chamou sem pensar.Isabela apenas olhou para ela por um momento e entrou no carro.Maria ficou parada, pensativa, e se pegou imaginando: se Isabela ainda fosse sua nora, talvez ela não estivesse passando por aquela humilhação.Pensando em Milena, Maria começou a tremer de raiva.Ela achava Milena um verdadeiro demônio!Milena era a pessoa mais cruel que Maria já tinha conhecido.Ela não conseguia entender como alguém poderia ser tão má.Mas, pensando sobre os defeitos dos outros, ela nunca refletia sobre si mesma.A presença de Maria não causou nenhum impacto em Isabela, que entrou na sala privada com o bolo. Lá dentro, estavam os amigos de Leonardo, que estavam reclamando del
Quando a porta se abriu e ela viu Luan parado na entrada, Isabela ficou surpresa, até um pouco atônita.— Você... O que está fazendo aqui?Luan respondeu com calma:— O Sr. Jorge está fora do país. Ele me pediu para vir ver como você está. Você está precisando de alguma coisa?Jorge tinha visto uma mensagem de Isabela. Ia ouvir, mas ela apagou antes. Sem saber o que tinha acontecido e preocupado, ele pediu que Luan, que estava no pais, fosse até lá ver como ela estava.Isabela apertou o puxador da porta com força. Algo dentro dela se mexeu, mas tentou manter o tom tranquilo:— Está tudo bem comigo.— Vou passar o mês inteiro aqui no pais. Se precisar de qualquer coisa, é só me chamar. — Disse Luan, estendendo um cartão de visitas. — Aqui está meu contato.Isabela hesitou por um instante antes de pegar o cartão.— Tem certeza que está tudo bem mesmo? — Luan perguntou, com um olhar desconfiado.Ele notou que o rosto de Isabela estava pálido.Isabela estava tão tomada pelos pensamentos qu
Isabela não parou de andar. Ela achou que não tinha nenhuma relação com Clara e que não havia nada mais a ser dito entre elas.Clara se levantou e foi atrás dela. Ao passar por Leonardo, puxou ele pelo braço:— Me ajude aqui!Leonardo entendeu e foi atrás.— Se ela não quiser falar com você, não insista...Clara olhou para ele e lançou um olhar fulminante.Leonardo ficou sem palavras.— Está me olhando assim por quê?Aquela menina ainda tinha o mesmo gênio difícil de sempre.— Espere aí, eu não vim aqui para brigar com você. — Disse Clara, indo atrás de Isabela.Isabela ia atravessar a rua, mas o trânsito pesado a fez parar na calçada. Foi aí que Clara a alcançou.— Eu só queria te pedir desculpas.Isabela se virou surpresa.Aquilo ela realmente não esperava.Jamais imaginaria ouvir uma coisa daquelas.O que tinha levado Clara a dizer aquilo?— Eu sei que o Sandro se casou com aquela mulher horrível... — Disse Clara.Depois que soube do casamento de Milena e Sandro, Clara passou a ver
— Cale a boca e escolha logo o que vai comer. — Isabela disse sem emoção.Leonardo ficou em silêncio.Ele pegou o cardápio de maneira obediente.Clara olhou para os dois, um pouco chocada. Não esperava ver Leonardo escutando Isabela daquela forma.Afinal, antes daquilo, Leonardo não gostava nem um pouco dela, e ela também não tinha a menor simpatia por ele. Os dois viviam se olhando com desprezo, como se um fosse a pior companhia para o outro.Ela sempre achou que Leonardo era um tipo rebelde e sem limites, alguém que jamais aceitaria ser mandado por ninguém.Ela estava morrendo de curiosidade para saber como a Isabela tinha conseguido domar aquele playboy inconsequente.Leonardo parecia completamente controlado por ela.Clara lançou mais um olhar em direção a Isabela.Depois de tanto tempo convivendo, Leonardo já conhecia os gostos de Isabela. Ele escolheu alguns pratos que sabia que ela gostava, depois escolheu o que ele mesmo queria comer. Só então perguntou para Clara:— E você, qu
Leonardo estava certo, e naquele momento Clara também entendia.Só que, por causa do seu gênio forte, era muito difícil para ela baixar a cabeça e admitir que estava errada.Quando Leonardo foi tomar água, ela simplesmente arrancou o copo da mão dele.Leonardo olhou para ela, sem saber o que dizer.Clara ergueu o queixo e falou:— Se ele gosta ou não de mim, se ele se importa ou não, isso não é você quem decide.Leonardo ficou sem palavras.Ele quase soltou um: "Será que ela está com a cabeça cheia de vento?"— Tá bom, tá bom, pense o que quiser. — Ele disse, meio sem paciência. — Nem sou seu irmão, não tenho nada a ver com a sua vida.Ele falou sem pensar, mas do lado, Isabela abaixou os olhos, em silêncio.— Meu irmão está fora do país, tentando superar um coração partido. — Clara comentou, suspirando — Nem tempo tem para cuidar da minha vida.Ela ainda disse, meio desabafando:— A gente não sabe se nossa família é abençoada demais com dinheiro e acabou gastando toda a sorte em outra