O olhar de Clara vagou pelo chão, enquanto um rubor lhe tingia os rostos.
— Não... Ainda não tenho certeza... É muito cedo para afirmar qualquer coisa... — Balbuciou ela, visivelmente constrangida.
— Você tem que ter certeza absoluta antes de dizer essas coisas. — Concluiu Sandro, secamente.
Num movimento brusco, ele puxou o braço e deu as costas, se afastando com passadas determinadas.
Com o coração aos saltos, Clara mordeu o lábio inferior e disparou atrás dele.
— Sandro, por favor, espera!
Ele parou de repente. Sem conseguir conter o próprio impulso, Clara colidiu contra suas costas.
— Sandro... — Ela gaguejou, erguendo o olhar assustado para ele.
— Se está mesmo grávida, por que está correndo desse jeito? — Indagou ele com voz gélida e distante. — Não tem medo de prejudicar o bebê?
O coração de Clara disparou ainda mais. Dilacerada entre culpa e nervosismo, pressionou os lábios um contra o outro, se sentindo injustiçada.
— A culpa é sua! — Protestou ela, elevando ligeiramente o