Do andar de cima, se ouviu o som de uma porta se abrindo. Logo depois, Diego apareceu no corrimão do segundo andar, olhando para a filha.
Clara se virou e acenou para ele:
— Pai, é o seu filho, ele quer falar com você. Atenda logo.
Jorge ouvia tudo isso pelo telefone, e sua testa se franzia cada vez mais.
— Clara. — Chamou Jorge.
Mas não houve resposta.
Clara largou o telefone e se jogou no sofá ao lado, levantando as pernas enquanto equilibrava uma almofada nos pés.
Ao descer e ver a postura nada séria da filha, Diego também franziu a testa.
— Vá se vestir. — Disse Diego.
Clara respondeu:
— Pai, do que você está falando? Eu já estou vestida.
Diego insistiu:
— Se levante e se vista direito. Ficar de pijama no sofá sem postura alguma, que tipo de exemplo é esse?
Clara se ajeitou:
— Atenda logo o telefone. Não precisa ficar me repreendendo.
Diego se sentou, pegou o telefone e disse a ela:
— Suba para o andar de cima.
— Você só quer me despachar, né? — Clara fez biquinho e reclamou para o