Com os lábios selados e a garganta sufocada por um nó, Isabela permanecia em silêncio. Sete anos ao lado de Sandro, quatro deles como membro oficial da família Marques.
Durante todo esse tempo, ela se dedicou com devoção ao marido e demonstrou respeito inabalável pelos sogros. Como esposa e nora, ela se entregou por completo, jamais negligenciando suas responsabilidades familiares.
No entanto, Maria nunca escondeu seu desprezo. Suas palavras, afiadas como navalhas, cortavam fundo. Isabela suportou tudo em silêncio.
E por quê? Simplesmente por ela ser a mãe do homem que amava. Nunca quis colocar Sandro numa posição delicada entre mãe e esposa, então engolia em silêncio cada humilhação, guardando para si as feridas invisíveis.
E qual foi sua recompensa por tanto sacrifício? Difamações ainda mais maldosas e humilhações sem fim. Mesmo após o divórcio, Maria continuava a menosprezá-la, zombando de sua família e ridicularizando sua própria existência.
Encarando Sandro com olhos marejados,