Isabela sentia que sua boca já estava acostumada à comida preparada por Laura. Comer fora, mesmo pratos feitos por chefs renomados, não lhe trazia mais a mesma satisfação. A culinária de Laura era a que mais agradava ao seu paladar.
A mesa de jantar permanecia tranquila, com exceção dos ocasionais soluços de choro de Clara. Alícia, com o coração apertado, queria consolar a filha, mas foi impedida por Diego. Para ele, Clara já era adulta e precisava aprender a ser mais madura. Não podia mais ser tratada como uma criança. Depois de tudo o que ela já havia passado, era hora de crescer.
Alícia se sentia desconfortável, mas não por causa da filha. O que a incomodava era a mudança na dinâmica familiar. Relações que antes eram harmoniosas agora pareciam distantes. Às vezes, ela tinha a sensação de estar vivendo em um sonho. Imaginava que, ao despertar, sua relação com o filho voltaria a ser como antes: próxima e sem conflitos.
— Mãe, eu fui bem hoje? — Clara perguntou, com os olhos verm