Jorge pegou o celular e leu as mensagens. Sua expressão permaneceu inalterada:
— Finja que não viu.
Isabela ficou intrigada.
— Fingir que não vi? — Ela ergueu o rosto, cheia de dúvidas. — Você não tem nada a dizer? Ou não precisa explicar?
— Explicar o quê? — Jorge perguntou.
Seu rosto continuava impassível. Isabela permaneceu em silêncio.
“Será que estou pensando demais? Mas o tom dessas mensagens... Parecia alguém muito próximo do Jorge. Até com um pouco de reclamação. Uma pessoa que não fosse íntima dele, não falaria assim. E ainda sem estar salva nos contatos.”
— Quem é essa pessoa? — Ela perguntou diretamente.
Se tivesse dúvidas, era melhor perguntar logo. Só assim evitaria que a incerteza afetasse o relacionamento.
Jorge a olhou, franzindo a testa. Mas, no instante seguinte, como se tivesse entendido algo, ele riu.
— O que está passando pela sua cabeça? — Ele apertou as bochechas dela. — Vai tomar banho.
Isabela ficou sem palavras.
— Então, quem é afinal?
— A Clara.
Isabela não s