Foi a Isabela quem ligou, perguntando como a Clara estava.
— Não corre risco de vida, né? — Perguntou ela, preocupada.
Jorge tentou tranquilizar ela:
— Já está fora de perigo. É só repousar um tempo que fica tudo bem. Não precisa se preocupar.
Isabela respirou aliviada.
— Que bom que não foi nada grave.
Ela realmente temia que algo pior acontecesse com Clara, afinal, o fato de Clara ter fugido de casa tinha certa relação com ela. Se algo sério acontecesse, sua posição na família Neves ficaria complicada.
— E os seus pais? Quer que eu conte para eles? — Perguntou Isabela.
Era o tipo de coisa impossível de esconder. Mais cedo ou mais tarde, o pai e a mãe de Clara acabariam sabendo.
Jorge também sabia daquilo. Ele ficou em silêncio por um instante e depois disse:
— Eu ligo para eles.
— Deixa que eu falo. — Isabela se ofereceu.
Ela era a cunhada, não importava o quanto Clara fosse imatura, ela devia assumir seu papel. Jorge estava tentando poupar ela, mas se ela ficasse de braços cruzados,