Angela
— Bom dia, amiga! — Sandy cumprimenta ao entrar na cozinha, pronta para iniciar o dia.
— Bom dia! — respondo. — Como foi a noite no quarto novo?
— Dormi como um urso hibernando. Agradeço, amiga, por não me achar louca e por me acolher.
— Você não é louca. É que...
— Bom diaaa! — sou interrompida pelo cumprimento do meu “filho” sem noção que está apenas de calça e meias.
Ele se joga na cadeira. O problema é que sua quase nudez não é nada diante da merda que ele está fazendo. Sua carteira, celular, camisa e sapatos vieram flutuando com ele, como o maldito tem mania de fazer quando está atrasado.
— Angela! — minha amiga agarra forte meu braço, seus olhos arregalados, seu corpo tremendo.
— Killian! — grito.
O idiota se dá conta e perde o controle, fazendo as coisas caírem.
— Desculpa, mãe! — ele se levanta e vem em nossa direção. — Santinha, eu sou mágico. — Tenta explicar.
Sandy está apavorada, ela me solta e vai andando para trás, tentando se apoiar em algo sem tirar o contato do