Nique
— Vamos, sente-se! — Ela aponta uma cadeira, que eu puxo e após me sentar, ponho meus cotovelos em cima do tampo da mesa e cruzo os meus dedos, apoiando o meu queixo sobre eles. — Eu não imagino o que você tem para falar comigo, mas gentilmente resolvi ceder alguns minutos do meu tempo. Então você só tem alguns minutos. — Não lhe respondo, apenas me mexo para mexer na minha bolsa e tiro um envelope grande e pesado de dentro dela, o arrastando na sua direção. Seus olhos vão para o papel pardo e depois volta a me encarar.
— O que é isso.
— Um aviso. Se afaste do Paco e você continuará sendo da CEO do Studio D’Interni. — Um riso sarcástico reverbera em sua garganta.
— Você está me ameaçando?
— Não, eu estou te dando uma escolha. — Ela arqueia as sobrancelhas e continua me encarando. — Você não vai abrir? — A instigo.
— Não tenho interesse algum.
— Tudo bem! — Solto uma respiração teatral. — Eu posso te dizer o que você vai encontrar aí dentro. Anos de sonegação de impostos, meses de