Elena
É como se fosse um sonho suave. A luz da manhã atravessa suavemente as cortinas, acariciando o meu rosto. O aroma doce e inebriante de flores me fez franzir o cenho antes mesmo de abrir os meus olhos e me pego sorrindo.
— Bom dia, senhora! — Uma das empregadas da mansão adentra o meu quarto, escancarando todas as cortinas, deixando a luz do dia invadir o cômodo.
Contudo, o perfume suave de flores continua e decido abrir os meus olhos. O impacto me atingiu em cheio: o quarto está tomado por buquês de todas as cores e formas. Rosas, lírios, tulipas. Cada uma mais perfeita que a outra, espalhando um perfume envolvente, quase sufocante.
— Hum… que horas são? — pergunto com um gemido baixo.
— Hora de se levantar para ir para a empresa, senhora.
Ai meu Deus, a empresa! Sento-me no meio da cama em um solavanco.
— O que é tudo isso?
Procuro saber, arrastando-me pra fora do colchão. Meu coração dispara como se quisesse escapar do meu peito. No entanto, dou um passo vacilante. A ponta dos