Meu coração dispara, um tambor dentro do peito.
O que ele não quer que eu saiba? Por que eu preciso estar “segura”? E, principalmente, do que ele está falando quando diz “ainda”? Não sei se o medo que me corrói vem da ameaça que paira do lado de fora… Ou do que está escondido dentro dessa casa. Tudo o que eu sei é que… não posso mais confiar plenamente em ninguém. Estou deitada na cama, rolando distraidamente a tela do celular, tentando não pensar demais. Mas é impossível. Meus pensamentos estão embaralhados, e o peso da incerteza parece esmagar meu peito. É então que escuto a voz grave de Damian, vindo do outro lado da porta: — Diana, você precisa se alimentar. Sua voz é firme, mas controlada. Uma tentativa de soar calmo, quando sei que por dentro ele está tão tenso quanto eu. — Não estou com fome. — respondo sem me mover, os olhos fixos no teto, como se isso pudesse afastá-lo.<