Antes que Diana pudesse dizer mais alguma coisa, a porta do escritório se abriu lentamente. Suzana surgiu no vão, com uma expressão preocupada, como se soubesse que estava invadindo um campo minado.

— Com licença, senhor... senhora... — ela disse com delicadeza, os olhos pousando com suavidade sobre Diana. — Desculpem interromper, mas... a comida está pronta. Senhora Diana, por favor, a senhora precisa se alimentar. Se continuar assim, pode acabar passando mal...

Diana não respondeu de imediato. Apertou os braços contra o próprio corpo, como se isso pudesse conter a fúria e o turbilhão dentro dela.

— Suzana, eu agradeço... mas eu não consigo comer agora — respondeu, a voz embargada, embora tentasse soar firme.

Suzana se aproximou devagar, sem imposição, com a ternura de quem sabia exatamente como alcançar alguém que estava prestes a desmoronar.

— Eu entendo, querida... sei que o momento é difícil. Mas pense no seu bebê. — Ela tocou de leve o braço de Diana, como quem oferece