Diego
Não aguento mais essa maldita espera.
Quatro anos... quatro infernais anos procurando por ela. A maldita da Lina sumiu com o meu filho ainda na barriga.
Achou mesmo que poderia fugir de mim e sair impune?
Ela que me aguarde.
Quando eu a encontrar — e eu vou encontrar — ela vai sentir na pele o que é provocar a fúria de um homem como eu.
Ela achou que poderia me enganar, me virar as costas, desaparecer como uma covarde?
Essa piranha vai pagar com juros tudo o que me fez passar.
Ela fugiu, me humilhou, me fez de idiota.
E levou meu filho. O meu sangue!
Eu nunca vi o rosto dele, nunca ouvi sua voz.
E tudo por culpa dela.
Acha mesmo que alguém como eu esquece?
Eu sou o dono dessa comunidade, o rei desse lugar. Aqui, eu mando. Aqui, ninguém me desafia.
A polícia? Não pisa aqui faz anos. Sabem que se entrarem, saem em sacos pretos.
Acharam que eu era um monstro? Estão certos.
Porque eu sou um monstro.
E quando eu colocar minhas mãos na Lina, ela vai conhecer o inferno