Rodrigo
Lina havia saído do meu apartamento há pouco, mas a vontade de vê-la de novo estava latejando no fundo da minha mente. A desculpa perfeita era o Willy. Claro, era o meu elo com ela, e eu já tinha decidido: se Lina fosse minha, o filho dela seria meu também. Eu o amaria como se fosse de sangue. E se dependesse de mim, ela não teria mais motivos para fugir. Nem dela mesma.
Tentei falar com Brianna para alinhar as coisas, mas ela estava fora, almoçando com Michael — e por mais que eu esteja desconfiando que eles estão juntos, não era hora para pensar nisso. Eu precisava agir.
Peguei o elevador e desci. O prédio parecia calmo, como se conspirasse a favor do que eu queria fazer.
Toquei a campainha. Lina abriu a porta com aquela expressão fechada, os olhos me varrendo de cima a baixo como se eu fosse uma ameaça.
— O que o senhor quer aqui, Rodrigo? — disse com a voz fria. — A sua irmã saiu. Só estamos eu e o Willy.
— Eu sei — respondi, tentando parecer casual, mas por dentro, a