A Prisioneira do Alfa. Ilha do corvo
A Prisioneira do Alfa. Ilha do corvo
Por: J.P Andrade
Capítulo 1

Ayla Chase arfou ao ver o torneio pela sua mão terminar com Jornet como vencedor.

Agora o macho havia conquistado o direito por sua mão, e ela seria tomada por ele.

Xander Jornet levantou o olhar e olhou direto para ela e a loba sentiu o olhar de John sobre ela, ao seu lado.

Todas aquelas semanas Ayla pensou naquele macho, diferente de qualquer um que ela tenha conhecido...

Ele era alto e feroz, e sua beleza era hipnotizante, mas não só isso.

Ele havia salvado sua vida, quando ela saiu do castelo no passado e foi atacada por um urso.

Xander havia surgido do nada e matado o urso com as próprias mãos.

Ninguém sabia disso, é claro, apenas seu guardião, Dimitri, que havia partido.

O comandante se levantou e declarou Xander Jornet o vencedor do torneio pela mão da princesa.

Naquele momento, muitos lobos bateram palmas com a vitória de Xander, e outros o odiaram.

Ayla não se atreveu a sorrir para Xander, não com tanto sangue em seu rosto e por mais que ele tivesse salvado sua vida do urso, ela não conseguia olhar para o seu rosto naquele momento.

Ayla deixou a arena, ciente de que devia se preparar para o banquete daquela noite.

Quando Ayla deixou a arena, ela podia sentir o olhar de Xander sobre ela e antes mesmo de chegar ao castelo ela viu Xander Jornet se aproximar com seu cavalo.

Ayla olhou pela janela da carruagem o macho obrigar seus servos a pararem.

Sem qualquer explicação, Jornet abriu a carruagem e perguntou:

— Eu a ofendi?

O macho era o lobo mais alto que ela já viu, seus ombros eram largos e seus olhos verdes-escuros. Ela podia ver o sangue em parte de seu rosto e pescoço, assim como podia cheirá-lo.

Seus cabelos eram um pouco abaixo do pescoço, e sua barba era escura assim como seus cabelos.

Seu rosto era totalmente masculino, seu nariz aquilino e ele transpirava poder e perigo.

Quando ela não respondeu, ele insistiu:

— Eu a ofendi, Ayla Chase?

Só então ela percebeu que não havia respondido e parou de ficar o admirando em sua mente.

Ayla engoliu em seco enquanto o macho a encarava, seus olhos verdes-escuros lembravam uma tempestade.

— Não. — respondeu ela.

Ele estreitou os olhos, então pareceu ficar sem entender.

— Qual a razão de deixar a arena? — ele perguntou, e pareceu realmente interessado em sua resposta.

Ele estava chateado porque ela deixou a arena? Ela não devia se preparar para o banquete pelo vencedor?

— Eu deveria ficar, meu senhor?

Ela o olhou e percebeu que mesmo ele com o rosto com sangue, ainda era muito atraente, e quando o macho se inclinou para mais perto dela e fez aquela pergunta, ela corou imediatamente.

Perto demais, pensou.

— Você estava torcendo por mim, Ayla?

— O senhor Jornet salvou a minha vida daquele urso, e sou muito grata.

O olhar dele sobre ela era intenso, e ela percebeu que Xander não desviava o olhar.

— Eu não perguntei se você era grata, perguntei se estava torcendo por mim. Por favor, não minta, eu saberei se mentir.

Ela piscou os olhos sem parar, e ficou ponderando o que dizer.

— Eu torci.

O lobo assentiu, e voltou para o seu cavalo.

Horas depois, Ayla entrou no banquete pela vitória e seu olhar procurou imediatamente o macho que havia ganhado sua mão.

Ayla olhou para todos os alfas que haviam cobiçado sua mão e perdido e atravessou o salão.

Como de costume, ela reverenciou o supremo alfa, e não mais se sentou ao seu lado, e sim na mesa de onde estava Xander.

O macho se levantou ao vê-la, e segurou sua mão enquanto ela se sentava ao seu lado.

No instante que Ayla sentiu o toque de Xander, seu corpo estremeceu, como se não houvesse mais ninguém naquele banquete, apenas os dois.

Ayla sentiu falta naquele momento de seu guardião Dimitri, que havia abandonado a ilha por conta de sua mãe que estava criando problemas.

Ayla sentiu um aperto em seu coração pois ele não presenciaria seu casamento.

Dimitri teria mudado sua opinião sobre Xander, já que quando o conheceu o tratou muito mal.

— O que a incomoda? — perguntou Xander de repente.

Ela não queria compartilhar seus sentimentos de saudade com ele, e havia outra coisa que a estava incomodando.

— Por que o senhor matou todos os lobos que lutaram contra você? — ela relembrou como foi difícil assistir tantas mortes.

Ayla estava sentada em sua cadeira, e de repente Xander segurou a cadeira e a puxou em um movimento rápido e firme para o seu lado, então se inclinou e murmurou ao seu ouvido:

— Qual a razão de eles continuarem vivendo se perderam uma luta?

Quando ela voltou seu olhar para ele, por mais que ele tivesse salvado sua vida no passado, ela viu em seus olhos verdes-escuros cada lobo que ele matou no torneio e como parecia gostar disso.

Não era um torneio até a morte, apesar de matar ser permitido.

Como ela não viu essa selvageria na floresta?

Porque ele a usou contra um urso que tentava matá-la. O que ela não sabia era que Xander não diferenciava ursos de machos, e isso a assustou mais do que gostaria de admitir.

Ainda assim, ela se sentiu atraída por ele.

— Não sei se eles concordariam com isso.

— Diga-me princesa, porque sente tanta pena deles? Acaso havia algum deles que tinha sua simpatia?

A loba se virou para olhar em seu rosto e ficou surpresa ao ver que ele parecia sentir ciúmes, e resolveu fazer uma brincadeira.

— Isso mudaria alguma coisa?

Xander se inclinou e sussurrou em seu ouvido:

— Sim, eu os mataria mais lentamente, para que sofressem por ter ousado chamar sua atenção.

Ela ficou chocada.

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