O crepúsculo caía sobre a Mansão Blackwolf, envolvendo o terreno em um manto de veludo roxo. As sombras se aprofundavam, escondendo os segredos de cada canto. Os olhos cinzentos de Mia varriam o perímetro, instintivamente atentos a qualquer movimento estranho. Então, no meio das árvores, algo chamou sua atenção: um brilho diferente, quase imperceptível, mas suficiente para acelerar seu coração e gelar sua espinha.
— Eu acho que… vi alguém ali — sussurrou, a voz tensa, baixa, suficiente para não alarmar os filhos que ainda corriam pelo quintal. — Entre os carvalhos, na divisa da floresta.
O arrepio que atravessou sua espinha fez Mika, a loba interior de Mia, rosnar baixo, um aviso silencioso de perigo. Bryan, percebendo a tensão da Luna, seguiu seu olhar. Não viu nada, mas confiava cegamente no instinto aguçado dela. Em um instante, a prioridade mudou: a segurança da alcateia era agora absoluta.
Sem perder tempo, Bryan fechou os olhos e enviou um chamado mental à rede de defesa da alca