CAPÍTULO 8 – A INICIAÇÃO DOS DESEJOS

A vida na fortaleza seguia um ritmo sombrio e previsível, mas meu corpo havia começado a trair essa rotina com sentimentos que não conseguia controlar. Aos dezenove anos, as sensações que Alex despertava em mim eram um turbilhão de culpa e confusão. Eu ainda era, em muitos aspectos, a mesma garota inexperiente que havia fugido de casa anos atrás. Minha educação sobre o próprio corpo tinha sido inexistente – minha mãe havia morrido, e meu pai certamente não se importava. O sexo era um território completamente desconhecido, assustador e, ao mesmo tempo, agora, fascinante.

Uma noite, após um dia particularmente longo de tarefas, eu estava exausta. Alex me havia dispensado mais cedo, mas eu sabia que ele ainda estava em seu escritório, um cômodo fortificado no coração da fortaleza. Por um impulso que depois reconheci como estupidez, decidi ir até lá perguntar se ele precisava de mais alguma coisa antes que eu me recolhesse para dormir. Talvez fosse