Narrado por Luna
Ao perceber isso de modo tão absurdamente cru, que estava realmente apaixonada por ele, as lágrimas começaram a escorrer, silenciosas e quentes, manchando o peito dele. Foi então que senti o corpo de Alex ficar tenso. Ele se moveu, e no fraco luzir do amanhecer que filtrou pelas frestas, vi seus olhos escuros fixos em mim.
— O que foi, Luna? — a voz dele era rouca, carregada de um sono imediato e de uma preocupação que eu nunca lhe ouvira.
A emoção entalou na minha garganta, transformando-se em um sussurro cheio de culpa e raiva de mim mesma.
— Te odeio por isso, Alex. Te odeio por...
Ele não deixou eu terminar. Seus dedos cerraram suavemente nos meus ombros, e seu rosto se aproximou, a expressão era de uma angústia profunda.
— Mi perdoni, Luna. Perdonami, mi vida. — (Me perdoa, Luna. Perdoa, minha vida.)
“Perdão? Alessandro Morano estava me pedindo perdão?” A mente ficou confusa, tentando processar aquelas palavras.
— Te perdoar? — minha voz saiu fraca, incrédula. —