● Aneliese Moore ●

Quem precisa de inimigos ou de alguém tentando atentar contra a própria vida… quando se tem tempo livre, uma coleira, e um cão de tração com energia suficiente para abastecer uma usina elétrica — e ainda a disposição para arrastar encrencas de lugares inimagináveis?

São 10h47 da manhã. As pragas — apelido carinhoso que dei aos filhos do meu querido chefe. — estão na escola.

Uniformizados, alimentados… e rancorosos.

Antes de sair, me informaram, em tons muito sutis, que “eu ia pagar” por acordá-los daquela forma hoje cedo. Até achei fofo. Não pela ameaça, mas pelo fato de que eles acham que podem me superar.

Se ao menos soubessem que aquilo nem de longe foi vingança pelo balde de gosma que caiu sobre minha cabeça ontem à noite. Aquilo ainda vai render. E quando eu digo “vai render”, quero dizer que estou planejando algo tão meticulosamente irritante que até eu ficarei orgulhosa.

"Ah, Aneliese, mas você está sendo muito vingativa. São apenas crianças brincando."

Ótimo