Capítulo-3

Nalla aperta as pálpebras para estapar as lágrimas  que queriam cair sem a sua permissão, cansada do mesmo do  assunto  ela diz:

— Mamã,  estou  esgotada do mesmo  assunto,  por favor  vamos parar  com isso. — Nalla da uma pausa e passa a língua pelos lábios  resecados. Depois prosseguiu  com  a voz baixa.— Ambas sabemos que não é  isso que eu quero para mim, eu não  amo aquele homem, portanto  não me casarei com ele sinto muito  por essa desfeita mãe. 

No outro lado da linha fez-se um silêncio, que Nalla, precisou tirar  o telemóvel  da orelha pra verificar  se ainda sua mãe estava na linha.  Vendo  que sim ela volta a levá-lo para o ouvido. 

— Nalla, querida  não  queira me ver zangada, então filha minha  não diga besteiras  não  me faça  tomar  medidas  drásticas que não  irá gostar. — Lola pronunciou cada palavra  pausadamente  entre dente, demonstrando que não  gostou  nada do que acabou de ouvir da sua filha. — Eu acho que você só está confusa, estás  em  outro país, clima diferente  e ambiente também  diferente  claramente isso deve ter afectado seu cérebro, mas fique calma você  ainda verá que tudo que acabou de dizer não passa de blasfémia, para brincar comigo. — O sorriso  de nervoso  é  ouvido e logo seguido por um suspiro então  Lola volta a falar. — Filha, o Ndala é um bom rapaz  para além  de possuir conhecimentos  e experiência  de negócio,  certamente  ele é  o homem  que você  precisa. 

— Não,  mamã  ele não  é homem  que preciso  para ser meu marido.— Disse  Nalla, exaltando-se com Lola por não  compreender  e aceitar suas vontades. — Eu não  quero isso para mim quantas vezes  terei de dizer isso para a senhora  entender?

— Olha ai menina como  fala comigo, ainda sou sua mãe.

— Se ainda é minha  mãe  porque  insiste em me casar  com um homem  por  dinheiro. 

— Filha, eu só  quero  o seu bem, não quero que sofra por não  saber tomar decisões  certas  da sua  vida.– Lola ainda insiste  em fazer a filha aceitar tal coisa.

— Mamã,  muito  obrigada,  mas não  precisa  se preocupar  com isso.— Disse ela determinada  a acabar  com o assunto, mas parece  que não  é  isso que Lola quer, pois volta a falar:

— O que você quer então? hum? casar com o morto de fome? um méndigo  ou um que cheira pobreza  a quilómetros? — Áspera  e exaltante foi assim que as palavras saíram. — Olha aqui  rapariga  nem penses  que deixarei isso acontecer  nem que eu morra isso não vai acontecer.

— Mamã… 

— Mamã nada, a decisão já foi tomada e assim que seu pai voltar  de viagem  você  também  volta para Guiné Equatorial  e o casamento  será marcado. 

— MAMÃ,  EU NÃO QUERO, QUE SACO. — Gritou Nalla levando-se  nervosa,   a mesma  anda de um lado  para o outro no pequeno  espaço  do seu quarto.  

— Não  grite comigo  mocinha, e não há nada que possa fazer, o assunto inserra-se aqui, tchau  filha se cuida  e não  esqueça  que faço isso por pensar em você  e no seu bem-estár. — Lola desliga  o telemóvel  deixando  Nalla, perpesua  pela atitude  rude e bruta. 

Com raiva ela j**a o telemóvel na cama e respira fundo tentando acalmar-se.

Sentido-se sufocada com a conversa  que teve alguns instantes  ela decide sair  de casa para tomar  um ar e um sol, já que o dia  está  bom. Pegando o telemóvel  de volta  e uma carteira  de ombro, Nalla guarda  o telemóvel  na carteira, a mesma  saiu do quarto e vai até a sala onde desliga a televisão e pega o molho de chaves  por cima da mesa e saiu trancado  a porta atrás de si.  O prédio  que em ela vive é de  cinco andares  e Nalla  vive no terceiro  andar onde tinha mais três  portas, a dela ficava no fim do corredor,  caminhando pelo pequeno  corredor, seu vizinho  da porta esquerda  estará nela fazendo as coisa que o mesmo  carregava ir ao chão.  Envergonhada Nalla desculpa-se com o senhor de meia idade, e o ajuda a recolher  as coisa . O velho   em resposta gargalha  é diz:

— Está tudo bem filha, não  se preocupe, a culpa  não  foi sua, eu que estava distraído.– Após  voltarem para posição  inicial  Nalla, também  sorri para o senhor e diz:

—  O senhor não se machucou né?

— Não  filha. Esse velho aqui é  mais rijo que uma galinha.— A fala fez Nalla gargalhar   acompanhando pelo velho. 

— Então suponho  que não  precisa de ajuda  mas mesmo  assim irei ajudá-lo. —  Disse  ela recebendo algumas das caixas de papéis da mão do velho. — Para onde pretende ir? Perguntou Nalla  e o senhor  sorriu e respondeu. 

— Oh minha  filha, essas vão para o lixo. E não se preocupe  eu posso  levá-las,  não  quero impedi-lá de ir encontrar o seu homem.  — Nalla corou instantaneamente  e o sorriso  amarelo  desenhou  seus lábios  carnudos.   

— Não,  não  senhor. Não é nada disso  que está  pensando  apenas  estava indo tomar um ar e sol.— O velho da risada da reação  de  Nalla e toce, a boca para quem não  acredita no que acabou de ouvir então  para acalmar  o coração  da pobre Nalla ele diz:

—  Ai, filha não  precisa mentir  para mim, mas se não  quiser  diz tudo  bem.— Nalla ri e diz:

— Melhor eu ir senhor?

— António. — Respondeu  ele sorridente. 

— Meu nome é  Nalla é  um prazer  conhecê-lo. 

— Igualmente filha. — Após  as apresentações  Nalla continua  seu caminho  com a coisa media em suas mãos.  

A conversa  com o velho a deixou um pouco  leve e tirar a conversa  que teve mas cedo com a sua mãe.  

Como o prédio  não  tinha um elevador   e mesmo que  não detestasse  subir   escadas  não  havia outra alternativa  então  ela vai descendo a escada  até  chegar  ao ré do chão, e assim andando até  onde até o porteiro está, ela cumprimenta educamente mas o porteiro  mal a olhou dando de ombro, Nalla segue o seu  caminho  sem se importar  com o senhor rabugento, nome  como é  conhecido  por todos.

Nala  segue  pela direita  em direcção  ao contentores  de lixo  quando  por lá  chegou jogou a caixa  seguiu seu caminho  como pretendia, com  os pensamentos  a fluir  como as águas  dos rios,  na qual  se permite  perdeu-se sem ter alguém  para  dizer ou que deve ou não  fazer  ou mesmo  controlar  seus pensamentos. 

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