Nalla anda apressadamente para a estação de trem, pois não queria chegar atrasada para a entrevista do seu possível emprego. Nesta manhã de segunda feira o dia já não estava tão bom como domingo e sábado. O céu amanheceu com nuvens carregadas que indica que uma grande chuva está por vir logo pela manhã, coisa que Nalla destesta profundamente é chegar tarde para algum compromisso ou em qualquer evento, também a deixava extremamente irritada para ela, pessoas que não cumprem com o devido horário seja ele de cadete pessoal ou impessoal, não têm uma responsabilidade dos seu actos ou acções. Chegar cedo para um encontro ou trabalho faz com que as pessoas vejam você de modo diferente como, respeitar e valorizar o que faz, seja ela em qualquer área.
Viver em Ciutat Vella, não era um problema para Nalla, pelo contrário, a cidade é muito bela pois parece que a mesma acabara de sair nos séculos passados e vir visitar um pouco a modernidade, sendo uma das cidades com mais beleza de Barcelona, havia um porém, com a diferença das outras cidades, que era a deslocação para chegar ao seu local de trabalho. Isso é um grande problema para ela. Nalla , pensava em várias outras possibilidades de chegar cedo para o entrevista, correr já o fazia, mas parece não ser suficiente pois assim que chegou a estação de metrô, o mesmo já se preparava para sair para o seu destino.
Nalla apressa ainda mais os seus passos e finalmente chega à tempo e a detrás no ambiente requintado, como os assento já estavam preenchidos, então Nalla teve que se manter em pé. Após a sua entrada os olhares tortos logo se voltaram para ela, os coxixos maldoso sobre sua pele, mesmo estando ciente que tudo que saia das suas bocas profenava Nalla, a mesma ergueu sua cabeça e balançou seus cabelos crespos em tislito afro muito volumoso para a pessoa que se encontrava por detrás dela. Como quem diz, podem falar, mas as vossas palavras racistas e provocações não muda nada em minha pessoa. Tendo essa atitude o homem que posteriormente a olhava como se visse um demónio a sua frente saiu do seu lugar e foi para o canto.
Nalla sorriu vitoriosa e assim seguiu a sua viagem desligando-se assim do mundo exterior e vagar para a sua mente que simplesmente estava focada em consegui-lo e o resto virá com o tempo, que um simples anúncio posto em uma parede poderia mandar sua vida, sem contar que nem sempre esses anúncios passam informação verídicas. Ser uma babá não estava em seu plano para finalmente sair do saiote da sua mãe e viver a sua própria vida, mais também isso não significa que com esse mesmo emprego poderá ditar suas próprias regras a vida que tem, afinal é um trabalho digno como qualquer outro o importante é que não vive assaltando os saquinhos de pessoas ou casas de pessoas que dão no duro para conseguir o têm hoje, então Nalla, fará o mesmo, batalhar para ter algo para chamar de seu. — Se minha mãe soubesse que sua filha virara uma babá ao invés de ser uma esposa de um homem rico, provavelmente mandaria fazer uma oração de libertação. — Diz Nalla em pensamento e gargalha alto com tal pensamento atraído mais ainda atenção dos outros passageiros. E um deles cheio do seu neveno diz olhando fixamente para Nalla:
— Já não basta ser feia, suja, e inferior a nós ainda tinha que ser maluca e escandalosa, só podia ser mesmo uma negra. — O comentário foi a gota de água para Nalla manter-se calada diante dos insultos, obviamente poderia ignorar, ser como se não tivesse ouvido nada, mas não pode deixar passar, mas essas já foram longe demais, em resposta Nalla diz:
— Há cinco coisa que você errou," NEGRA" eu posso ser e com muito orgulho. AGORA feia, suja, maluca e escandalosa e inferior com certeza isso eu não sou. — A mulher a olhou incrédula, pois sua boca desenhou um perfeito "o" a fúria é visível em seus olhos azuis e no rosto. Não achando suficiente, Nalla acrescentou: – Olha se você tem um problema, certamente que não é comigo, aconselho a procurar um psiquiatra ou psicólogo, eles sim podem ajudar você.— Nalla terminou sua fala também sem tirar suas esferas negras sobra a mulher que cospia fogo pelo nariz enraivecido por ser entretida por ela.
Indignação era isso que a mulher transparência, para além do ódio que está mais que claro como água incipda nos seus olhos, então ela levanta-se do seu lugar para então manter Nalla no seu devido lugar, mas Nalla, em momento algum demostra fraqueza ou medo da mulher que vem ao seu encontro prontra para o combate da terceira guerra mundial. Assim que a mulher chegou mais próximo a ela, ergue sua mão esquerda para acertar no rosto da Nalla, esperando pelo tapa e antes mesmo que a mão da mulher chegasse ao rosto da Nalla ela é impedida por um braço forte que mantem-na no ar. A reacção de Nalla no segundo seguinte foi de surpresa e espanto, pela primeira vez desde que chegou a Espanha concretamente Barcelona alguém a defender sem ela precisar gritar por socorro.
A reação da outra mulher de esfera azuis não tão diferente mas ao contrário de Nalla, assim que ambas olharam para o rosto do homem que porventura mantém o braço da mulher para o alto. Isso causou um pequeno tumulto entre as pessoas que a dado momento estavam caladas, quando a mulher agredia Nalla, com suas palavras blasfémias, sempre que ocorria algo do género, as pessoas que estavam ao redor calavam suas bocas como se estivessem lacradas como um túmulo de um faraó.
No entanto o homem disse a mulher seriamente:
—Não se atreve a tocar nela, ainda não sabe que racismo é crime? Como pessoa do seu tipo ainda consegue viver com essa dormência de pensamentos que negros não são humanos?— A pergunta foi para todos que praticava o crime contra Nalla.
A mulher engoliu em seco e trancou mais ainda o seu rosto e responde:
— Crime?— A pergunta lançada saiu com o puro sarcasmo, a mulher ainda ri da palavra pronunciada pelos seu lábios e disse.— Qual crime? estou a cometer um crime, por pôr esse ser no seu devido lugar!?— A mulher olhou de cima a baixo para Nallla, em seguida ela sentiu-se como um peixe fora d'gua.
Baixinha, preta de cabelos crespos. Trajando uma calça vermelha com alguns rasgados na pernas, nos pés um tênis branco, uma blusinha preta com alguns desenhos de flores. E o cabelos Nalla preferiu deixá-lo no estilo Afro. Sem ter muito a dizer Nalla agradeceu ao homem.
— Obrigada por me defender.
— Não estou a fazer nada mais do que o necessário, esse tipo de coisas não se podem admitir nos tempos de hoje. — O homem soltou a mulher que furiosa disse vomitado todo o seu veneno.
— É inacreditável isso. —Após isso a mesma voltou para o seu lugar inicial.
Não demorou muito e o metrô também parou no destino desejado o que deixou Nalla muito aliviada. Sentia-se sufocada com o tanto de gente com o cérebro em função de modo errado. Agradecendo ao homem Nalla sai do seu lugar para fora e indo até ao seu destino escolhido.