— Obrigada. De verdade. Eu nunca esperei isso de você. Achei que ia me humilhar, ou me mandar voltar pra mesa. Mas você... foi amiga. Isso... isso salvou meu dia.
Dou um abraço nela. Sincero. Quente. Quando ela me solta, pergunto:
— Eu posso ir?
— Vai pra onde?
— Sair daqui. Dessa empresa. Desse ciclo. De mim mesma.
Vou até a pia. Jogo água no rosto. Mas antes de levantar, o enjoo retorna com força. Vomito no lavatório.
— Merda. — sussurro.
— Eu sabia! Você tá grávida! — ela exclama.
— O quê? — A porta se abre de novo. Cíntia, a secretária do Misa, aparece. — Você tá grávida?
— NÃO! — respondo, num tom alto demais.
— Então faz o teste! — a supervisora ordena.
— Eu não tô grávida!
— O Misa pediu pra ver se você tava bem. — Cíntia diz, cruzando os braços.
— Diz pra ele que eu tô ótima. — seco o rosto, tentando recuperar a compostura. Arrumo o cabelo com os dedos. — Melhor do que nunca.
Depois que saí da empresa, fui direto para o restaurante onde costumo almoçar com Emma e Llotte. Elas