Poucos sabiam, mas o império de hotelaria que hoje carregava seu sobrenome nasceu no fundo de um galpão abandonado, entre paredes frias, mãos sujas de terra e um coração saturado de mágoas.
Alben nunca teve uma infância que pudesse chamar de lar. O pai, um homem obcecado por resultados, fazia questão de lembrar, com palavras cortantes, que o filho era sua maior decepção. A mãe, emocionalmente ausente, tratava-o com a indiferença de quem cuida de um dever incômodo. Ele cresceu entre portas trancadas, olhares vazios e silêncios gritantes.
Aprendeu cedo que depender de alguém era a rota mais curta para a frustração. E, acima de tudo, que vulnerabilidade era perigosa.
Aos dezoito anos, saiu de casa levando apenas uma mochila surrada, um caderno de anotações e a cabeça fervilhando de ideias. Ninguém acreditava que “hotel” fosse mais do que uma fantasia tola. Mas Alben via ali algo que ninguém mais via: um propósito. Um lugar onde pudesse construir, comandar, ser único e manter o controle.