O convite

Ronald passou a visitar a casa de Carlos com mais frequência, ele era um estrategista e estava usando isso ao seu favor, ele traçou um plano para conquistar Suzan, como ele mesmo disse faria ela pedir por essa união.

Primeiro ganharia sua confiança, seria gentil e amigável, não tentaria passar dos limites com ela e assim se tornaria seu amigo, além de se aproximar dela ganharia também a aprovação de Ted, por mais que ela estivesse apaixonada ele sabia que sem o aval do pai não haveria chances de ter algo com ela, Suzan era sincera e leal, apesar da personalidade forte, ela jamais bateria de frente com o pai, aprendeu desde cedo que ele era a sua referência de homem, aquele que a desejasse teria que ter pelo menos metade do caráter dele.

Depois ele aproveitaria para saber mais sobre ela, descobriria cada segredo de Suzan, principalmente seus gostos, daria a ela os presentes baseado naquilo que ela mais gostava.

Naquela semana Ronald conversou com Ted, ele pediu permissão para se aproximar de Suzan, sempre que ela quisesse sair ele seria chamado, talvez Argos fosse junto, mas a presença dele seria constante, era a vantagem dele sobre qualquer outro pretendente.

Ronald foi ver Suzan e aproveitaria para chamá-la para um passeio. Ele passou pela sala e Suzan estava na beira da piscina, ela gostava e passava muito tempo naquele local, gostava de nadar e de tomar sol, no internato não tinha uma piscina, ela estava aproveitando os benefícios da casa luxuosa do chefe do pai.

Ele passou pela porta e Suzan estava sentada, ela passava o protetor solar nos braços e nas pernas, usava um biquíni pequeno lilás, era um modelo brasileiro, na verdade não cobria quase nada dela.

— Não está muito quente para ficar no sol? — Ronald perguntou se aproximando.

— Oi Ronald, não está muito quente não... E eu gosto da sensação quente sobre a minha pele.

Ronald sentou ao lado dela e Suzan lhe entregou o protetor, ela se virou de costas e colocou o cabelo para frente.

— Passa nas minhas costas? — Ela pediu.

Ronald começou a passar o protetor lentamente nas costas dela, ele massageava seus ombros e Suzan gostou da sensação.

— Nossa, que mãos quentes... — Ela disse em um suspiro.

— Pensei que gostasse do calor em sua pele, vai ver que posso aquecer seu corpo todo...

Suzan se virou um pouco para ele e sorriu, depois ela se deitou de costas, ela puxou a linha do biquíni e ele se abriu em suas costas.

Ronald prendeu o ar, ele pensava que se Suzan se levantasse um pouco ele a veria nua da cintura pra cima, e a parte de baixo do biquíni também não cobria muita coisa.

— Sou muito pálida, precisa passar bastante protetor ou ao invés de bronzeada eu fico queimada.

— Está bem, mas saiba que pra mim é perfeita. — Ronald dizia enquanto alisava as costas de Suzan.

— Você que tem sorte, já nasceu com o tom de pele lindo, não precisa fazer nada pra ficar bonito.

— Gosta do meu tom de pele?

Ronald gostou de ouvir isso, ele sendo um garoto negro em um país Europeu se sentia as vezes discriminado por alguns colegas e principalmente pelas mulheres, ele não teve namoradas, acabou desistindo de encontrar alguém, suas experiências acabaram sendo com prostitutas, elas nunca o rejeitaram, pagando bem topavam tudo.

Ronald resolveu ousar um pouco, começou a passar o protetor nas nádegas de Suzan, ela não reclamou e ele aproveitou para apertar suas coxas.

— Não me aperta! — Ela reclamou e se sentou cobrindo os seios.

— Fecha meu biquíni por favor? — O pedido foi sério, Ronald nem mesmo teve tempo de fazer uma brincadeira. Ele amarrou o biquíni e Suzan se levantou, ela se enrolou em uma toalha e prendeu o cabelo.

— Vai entrar? Me fez passar o protetor para não pegar sol?

— Ronald, você é uma pessoa legal, mas não se aproveite da nossa amizade...

Suzan ia sair, mas ele segurou seu braço.

— Me desculpa, eu vim aqui por outro motivo, não queria te irritar...

— Qual o motivo? — Ela perguntou cruzando os braços.

— Vim te chamar para sair, podíamos ir a uma boate dançar... O que acha?

Suzan sorriu, ela não tinha experiências como essa e queria aproveitar todas.

— Tudo bem... Me pega de noite. Ah! Tem que falar com o meu pai.

— Já falei, está autorizado.

Suzan entrou e Ronald foi embora, ele voltou ao anoitecer, estava com uma calça e um blazer preto e uma camisa clara, tinha sempre o sorriso no rosto, era sempre elegante e jovial no que usava.

— Ronald, chegou cedo, a Antonella nem chegou ainda... — Argos disse descendo as escadas. — O Carlos está terminando de tomar banho.

— Do que você está falando? — Ronald perguntou confuso.

— Vai sair com a Suzan hoje, certo? Meu pai disse para eu e Carlos acompanhar, ficar de olho em você, claro que chamei a Antonella, não sou babá de ninguém.

Ronald revirou os olhos, pensou que poderia ter uma noite romântica com Suzan, mas tinha companhia até demais.

Suzan desceu e estava deslumbrante, ela usava um vestido vermelho até os joelhos, usava poucas joias e os cabelos soltos.

Ronald ficou enfeitiçado pela beleza dela, seus olhos nem piscavam.

— Que linda! Trouxe essas flores para você! — Enzo disse entregando o buquê a Suzan.

Ronald parecia despertar, ele estava tão concentrado em Suzan que não viu o momento em que Antonella e Enzo chegaram. Ele piscou algumas vezes tentando ter certeza do que acontecia, outro homem? Suzan estava recebendo flores de outro homem?

Ele se aproximou, Suzan havia aceitado seu convite, ele daria um jeito de levá-la a algum lugar que pudesse falar sozinho com ela.

— Suzan, você está de tirar o fôlego, vamos? — Ronald estendeu a mão para ela.

— Suzan, eu vim porque sabia que iria junto, venha no meu carro, até lhe dei flores para convencê-la.

Ronald olhou para Enzo desacreditado, como ele tinha a ousadia de tentar atrapalhar seu encontro com Suzan? Ela ficou um minuto parada olhando para os dois, eram homens igualmente lindos e sedutores, mas diferentes na personalidade e na beleza também, Enzo era um típico italiano e Ronald um Inglês com traços africanos.

Agora Suzan se sentia confusa, não queria dar esperanças ao homem errado, mas tinha que confessar que era boa a sensação de ser cobiçada como estava sendo naquele momento.

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