Sharon Belmont
No funeral, o ambiente estava bastante pesado. Isabel e Lorenzo estavam sendo velados no mesmo cemitério, o Monumental, um na capela 3 e o outro na capela 7. Primeiro, eu fui ver a Isabel. Infelizmente, o caixão dela tinha que ficar fechado. Rapidamente, flashes da maldita noite invadiram a minha mente. Ela estava com o corpo para fora, no teto solar. Seu corpo foi quase partido ao meio e o carro ainda esmagou o restante do que um dia foi a matéria dela.
Não… definitivamente, minha amiga não merecia isso.
Nem a dor que eu sentia me deixava não perceber o olhar dos pais de Isabel sobre mim. Gostaria de dizer a eles… sim, eu fiz a sua filha experimentar maconha. Mas eu jamais colocaria a vida dela em risco. Isso foi apenas a merda de um acidente e não tive nada a ver, diretamente, com a provocação dele.
O melhor era sair daquele pequeno quadrado, nem o rostinho da minha amiga eu poderia ver pela última vez. Apenas havia um retângulo de madeira na cor mogno sobre a mesa de