Os olhos de Irina remexiam sob as pálpebras. Gotas frias de suor surgiam em sua testa, enquanto sua cabeça se movimentava no travesseiro.
Irina seguia devagar pela densa neblina em direção à passarela que levava ao Pau da Missa. Achou estranha a aparência do ferro sob seus pés, que parecia reluzir a cada passo, como se tivesse sido colocado ali há pouco tempo. Estendeu a mão à frente dos olhos tentando afugentar a névoa que, ao seu toque, começou a dissipar na luz da tarde que caía. Assustou-se ao ver pequenas discrepâncias nas casas da Vila, que se mostravam intensamente coloridas e vívidas, como se tivessem sido pintadas recentemente. O relógio da Torre do Big Ben marcava quatro horas da tarde. Tudo parecia reluzir enquanto ela caminhava. Assustou-se ao ouvir o apito agudo do locobreque. Virou-se na sua direção e a viu.
Branca descia correndo a escadaria da Igreja Senhor Bom Jesus. Seus olhos, de um azul vívido, trazia a dor estampada. O véu flutuava