Dona Etelvina caminhava pela plataforma da Estação da Luz, se equilibrando em meio a vários pacotes, tendo Branca em seu encalço.
— Óh, Jesus, minha filha! Acho que exageramos nas compras. — Disse à Branca, enquanto tentava, sem sucesso, colocar os pacotes no bagageiro do trem, acima do banco de passageiros.
— Papai vai ficar uma fera conosco, mamãe. — Respondeu Branca, com um sorriso doce nos lábios.
— Deixes que com ele eu me entendo. Já está mais do que na hora de você ser mostrada à sociedade. Se depender de teu pai você nunca terá um bom marido. — Disse entre dentes, ainda tentando empurrar os vários pacotes.
— Posso ajudá-las? — Perguntou o jovem distinto, se aproximando por trás das senhoras.
Dona Etelvina virou-se assustada para a voz que a importunava, porém, logo se aca