64. Sequestro 2
— Victor, faz um mês que não sai deste quarto. Saia, agora mesmo.
— Sair para que, ela o escolheu. Eu perdi, sou um fracassado.
— Porque foi burro demais no passado. Eu avisei várias vezes. — Seu pai diz esmurrando a porta.
— Ela dizia me amar. — Victor resmunga.
— Sim, até você fazê-la um alce, tamanha quantidade de chifres que ela teve. Mas ficar trancado, sem se alimentar e chorando no quarto, não vai trazê-la de volta.
— Nada vai trazê-la de volta. Ela me odeia.
— Será? — Uma pequena abertura é aberta, e um homem magro, desgrenhado, com cabelos longos bagunçados, com a barba em um tamanho nunca usado antes, com imensas olheiras roxas, e nariz vermelho aparece na pequena abertura.
— Do que está sabendo? — Victor pergunta.
— Nicolas, foi sequestrado. — Seu pai diz sem rodeios.
— E no que isso me ajuda? — Victor diz, dando de ombros e fechando a porta.
— Como pode ser meu filho, se é tão burro assim! — Seu pai lhe dá um peteleco, o empurrando e entrando no quarto. — Deus, isso está p