O som ensurdecedor do helicóptero ecoava por todo o hospital. Qualquer pessoa no prédio conseguia ouvir.
Enquanto isso, Enzo segurava Estella em seus braços, mas algo dentro dele parecia errado. O barulho das hélices parecia penetrar em seu peito, como se estivesse arrancando algo de dentro de si. Uma dor estranha tomou conta de seu coração.
Estella, aninhada em seus braços, começou a fazer manha:
— Enzo, a cicatriz na minha cintura ficou tão feia... Será que você vai me achar repulsiva por causa disso?
Por um breve instante, a mente de Enzo vagou, e ele lembrou da cicatriz no corpo de Nina. Ele a tinha visto apenas uma vez, logo após a cirurgia. Era longa, grotesca, e parecia ainda pior contra a pele absurdamente clara de Nina. A imagem daquela cicatriz o fez apertar os punhos involuntariamente.
— Enzo? — Chamou Estella, percebendo que ele estava distante.
Ela tentou envolver os braços em volta do pescoço dele, mas Enzo afastou suas mãos com um gesto seco e se levantou.
— Estella, des