Alicia
Fico andando de um lado para o outro, como se pudesse abrir um buraco no chão. A angústia me consome. De uns dias para cá, estou estranhamente emotiva — choro sem perceber, o sono me vence antes das dez da noite, qualquer coisa me tira do eixo. Cheguei a pensar que poderia estar doente. Sempre fui tão focada no trabalho, nunca deixei o cansaço me dominar... Talvez, quando tudo isso passar, eu marque uma consulta, faça alguns exames, tome vitaminas. Só para ter certeza de que está tudo bem.
Mas agora… agora só existe um nome nos meus pensamentos: Taylor.
Me ajoelho ao lado da cama e rezo — rezo como nunca fiz antes. Peço que ele volte bem. Peço que nada de mal aconteça.
Quando olho o relógio, levo um susto — já está amanhecendo, e nenhuma ligação, nenhuma notícia. Meu coração se aperta com força. Sento-me na beira da cama, respiro fundo e tento me convencer:
Ele está bem. Taylor sabe o que faz. Ele é experiente. Nada vai acontecer… Nada.
A porta se abre devagar. Meu coração disp