Taylor
Depois de encher a cara de uísque, fiquei vendo as horas passarem, mandando mensagens para ela sem nenhuma resposta. Liguei várias vezes, mas só chamava. A bebida já não fazia mais efeito. Irritado, ameacei: se não respondesse, eu iria até lá. Mesmo assim, nada.
Tomei um banho, tentando aliviar o fogo que me consumia, mas nem a água fria apagava. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo. Nunca tinha sentido isso por nenhuma mulher. Esse desejo, essa necessidade de tê-la perto, me deixava fraco.
Vestindo um terno, saí com raiva direto para a casa da Letícia.
O caminho foi rápido. Eu lembrava muito bem do endereço — afinal, já havia estado ali na noite em que tirei a Alicia à força da balada. Encostei o carro e toquei a campainha.
Uma senhora de meia-idade apareceu, surpresa.
— Boa noite. Desculpe o incômodo, mas poderia chamar a Alicia?
— Boa noite... Claro. Mas quem devo anunciar? — perguntou, desconfiada.
— Apenas diga que estou aqui. Ela vai saber quem sou.
Ela não gos